9/04/2005

Semana da Pátria - Ser brasileiro é... não ter opção

Não temos opção.
Somos obrigados a participar da “festa da democracia”!
Ontem fiquei pensando sobre isso.
Nosso “direito-dever”...
Fiquei pensando no “Ensaio sobre a Lucidez” do Saramago. Pensando em votar em branco, pensando em me vestir de palhaço para a próxima eleição.
Hoje, o Lula está caindo, não existe “base” para sustenta-lo.
Não acredito que ele não sabia de nada. Acho apenas que essa palhaçada tem que acabar.
De que partido é quem comanda o Tribunal de Contas?
Será que ele não sabia? Observem que não se poderia atribuir culpa, nem insinuar que o fato era de conhecimento do Presidente, sem ter sido de conhecimento do Tribunal de Contas...
De que partido é quem comanda o Tribunal Eleitoral?
Como é possível que ele, que tem a obrigação institucional de “saber” de fraudes e “falcatruas” não tivesse conhecimento de algo do porte do “mensalão”?
No nosso país, em que as propagandas políticas primam pela falta de ética e pelos ataques pessoais entre os candidatos, como é possível que algo que apesar de todos saberem ou, ao menos “já terem ouvido do falar” (todos menos o Lula) como é possível que isto nunca tenha sido usado em campanha eleitoral antes?
Observe-se que acusações, com fundamento ou não, sempre foram usadas indiscriminadamente.
O mensalão tem anos de existência, e o silêncio da esquerda (considerando que a direita sempre é quem governa) cheira a “telhado de vidro”.
É...é a festa da “democracia”!
Recomendo, como exercício de ironia o filme “Luar sobre o Parador” onde ocorre a discussão entre duas pessoas de partidos rivais e antagônicos e que, no entanto, possuem o mesmo candidato.
Entretanto, não estou escrevendo este texto como manifesto contra a minha obrigatoriedade de votar. Se a maioria do povo não votasse, eles continuariam sendo eleitos porque eles distribuem algumas latas de óleo e uns quilos de arroz e se elegem.
Temos também um fato que tem ocorrido nos últimos anos em Porto Alegre e que merece constar aqui.
Os adeptos das igrejas evangélicas de Porto Alegre, já há algum tempo que elegem o candidato destas instituições nas eleições para o Conselho Tutelar.
Cabe destacar que como ninguém é obrigado a votar, quase ninguém vota, e eles, sob a “orientação” de seus pastores, acordam no respectivo dia e votam em quem a “Igreja” manda.
Se nenhuma das opções nos agradam, será que podemos nos considerar em uma democracia?
Inclusive porque já faz anos que eu não voto em um candidato, eu sempre tenho votado contra o outro candidato...
Viva a democracia, viva o Brasil!

1 Comments:

Blogger Fernanda Ribeiro said...

Ok,
o circulo do pdoer aguarda o um novo tema! e teu blog, novos posts!

12:39 AM  

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